A pesar del dolor eres tu quien me inspira,
No somos perfectos, solo polos opuestos
Te amo con fuerza te odio a momentos…
Te regalo mi amor te regalo mi vida,
Te regalo el sol siempre que me lo pidas,
No somos perfectos solo polos opuestos
Mientras sea junto a ti siempre lo
intentaría,
Y que no daría?”
“Te dou meu amor, te dou minha vida,
Apesar da dor é você quem me inspira,
Não somos perfeitos, apenas polos opostos
Te amo com força, às vezes te odeio...
Te dou meu amor, te dou minha vida,
Te dou o sol sempre que me pedires,
Não somos perfeitos, apenas polos opostos
Enquanto estiver com você sempre tentaria,
E o que não daria?”
Malú
Olá, Envenenados!
Tudo
bem com vocês?
Estamos
de volta com mais uma Sexta Envenenada, que não via a hora de ser postada.
Hoje
vamos falar de um dos livros que têm causado certo reboliço por aí.
Enquanto
lia o texto de Megan Maxwell, obviamente fiz alguns questionamentos, mas acabei
chegando à mesma conclusão de um estudo realizado por um grupo de pesquisadores
da Universidade de Toronto: “Ler romance torna você uma pessoa melhor”. Pelo
menos esse é o título da postagem de 4 de outubro da Carol Castro, no blog da
revista Superinteressante.
Segundo
este estudo, as pessoas que leem histórias de ficção, entre elas os romances,
claro, tendem a ter a mente mais aberta, tornam-se mais tolerantes quanto a
situações que normalmente vão contra suas próprias visões, enfim, tornam-se
menos preconceituosas.
Peça-me o que quiser, como a Suma das Letras
especifica muito corretamente em sua capa, não é recomendado para menores de 18
anos. É um livro com conteúdo extremamente erótico e, dependendo dos tabus de
cada um, é chocante em determinados momentos.
Há
algum tempo talvez eu torcesse o nariz para este tipo de texto, mas preciso
dizer que estou ansiosa para ler o próximo volume.
Gostei
tanto das aventuras de Judith Flores e Eric Zimmerman que resolvi dar-lhes a
faixa de absintos desta semana.
Judith
Flores é uma guria de 25 anos, que trabalha numa companhia farmacêutica alemã
como secretária da diretora das sucursais na Espanha. Como a maioria das pessoas,
ela odeia a chefe, que realmente merece ser odiada. Por outro lado, leva uma
vida normal: dedica-se ao trabalho de segunda a sexta, sai com seus amigos,
curte futebol, tem uma família que se preocupa com ela e com quem ela se preocupa,
se junta com os colegas de trabalho para malhar os superiores, tem um gato e
uma vida sexual saudável.
A
história de Peça-me o que quiser é
contada em primeira pessoa pela própria Judith.
Ela
começa sua narrativa detonando a chefe, que vai lhe enchendo de tarefas sempre
urgentes.
Sua vida sai da normalidade quando, num desses dias em que tinha trabalhado até
quase meia-noite, ela deixa o escritório e vai buscar seu carro na garagem e
acaba presenciando uma cena muito peculiar, em se tratando do local em que se
encontrava, claro.
Enquanto
procura as chaves que deixou cair no assoalho do carro ela escuta sons...
“Passo a mão pelo assoalho. À direita elas não estão. À
esquerda também não. Droga... encontro o pacote de chiclete que fiquei dias
procurando. Ótimo!
Continuo
tateando o chão do carro e por fim encontro as chaves. Então ouço umas risadas
próximas e olho ao redor com cuidado para que não me vejam.
Ai, meu
Deus!
Entre
risadas e carícias vejo se aproximarem minha chefe e Miguel. Parecem entretidos.
Isso me irrita. Eu me matando de trabalhar até as onze e tanto e eles na farra.
Que injustiça! Logo minha chefe e Miguel se apoiam na coluna lateral e se
beijam.
Olha
isso...!
Não
acredito!
Semiagachada
no interior do meu carro pra que não me vejam, contenho a respiração. Por
favor... por favor! Se eles descobrirem que estou aqui, vou morrer de vergonha.
Não, isso não pode acontecer. De repente, minha chefe larga a bolsa e sem a
menor cerimônia toca com determinação no meio das pernas de Miguel. Está
tocando ele!!!
Minha nossa!
Mas o que é que estou vendo?
Meu Deus!
Agora é Miguel quem enfia a mão por baixo da saia dela. Ele levanta minha
chefe, a empurra para cima contra a coluna e começa a se esfregar nela. Uau!
Ai, meu Deus! Que é que eu faço?
Quero dar o fora. Não quero ver o que estão fazendo, mas
também não posso ir embora daqui. Se eu arrancar, eles vão saber que eu estava
espiando. Então, agachada e sem me mexer, não posso deixar de ver o que eles
fazem. Logo Miguel a obriga a virar de costas. Ele a coloca sobre o capô do
carro, abaixa a calcinha, primeiro com a boca e em seguida com as mãos. Caraca,
estou vendo a bunda da minha chefe! Que horror! E nesse momento escuto Miguel
perguntando:
— Diz, o que você quer que eu faça contigo?
Minha chefe, como uma gata no cio, murmura completamente entregue:
— O que você quiser... o que você quiser.
Uau, que isso, meu Deus, que isso! E eu na primeira fila. Só falta a pipoca.
Uau, que isso, meu Deus, que isso! E eu na primeira fila. Só falta a pipoca.
...
Respiro com dificuldade.
Vou ter um troço.
Que calor!
Goste ou não, ver tudo isso está me dando um frenesi, e
não é porque eu tenho andado nervosa. Minha vida sexual é supermorna, beirando
o previsível, então essa cena ao vivo e em cores está me excitando. Miguel abre
a braguilha de sua calça cinza. Põe para fora um pênis mais que aceitável (mais
uma designação para minha lista). Ai,
Miguel! E fico boquiaberta quando vejo que ele mete tudo de uma vez só. Assim
eu morro! Mas de prazer... E justo pelo que faz minha chefe gemer.
...
Quando por fim volto a ficar sozinha no estacionamento,
saio do meu esconderijo e me ajeito no banco do carro. Minhas mãos tremem. Os
joelhos também. E percebo que minha respiração está acelerada. Excitada pelo
que acabo de presenciar, fecho os olhos enquanto vou me acalmando e penso em como
seria fazer sexo nessa intensidade. Caliente!
Dez minutos depois, arranco com o carro e deixo o
estacionamento. Vou beber cerveja com meus amigos. Preciso me refrescar e
refrescar minha...febre.”
Bom,
bom começo.
Judith,
embora rotule sua vida sexual de “supermorna”, não é uma pessoa moralista, mas
não há muitas variações. Assim, ao presenciar esta cena, seus genes de voyeur são acionados. Não há mais como
olhar para Miguel do mesmo jeito.
Mas,
embora o secretário do diretor geral seja um amor de pessoa e todas arrastem as penas por ele na empresa, ela não se sente atraída; no momento, apenas
surpresa.
Todos os
dias, ao chegar no escritório, ambos saem juntos para tomar um café antes de dar
início ao expediente. E o dia seguinte à performance
do casalzinho ternura não é diferente. Não até ficar presa no elevador com
outras pessoas, justo quando sai para almoçar.
É
durante este incidente que ela conhece Eric Zimmerman.
A partir
daí sua vida vai virar de pernas para o ar – literalmente.
Além
de ser o poderoso chefão da empresa, Eric
será o responsável por apresentar um mundo muito diferente daquele ao
que Judith está acostumada.
Obviamente
tudo vai acontecendo paulatinamente.
O que
torna sua história interessante, entre outras coisas, é a forma corajosa com
que Magan Maxwell a conta. Ou melhor seria dizer que coragem mesmo teve a
editora Suma das Letras ao trazer este texto para um país que ainda se prende a
tabus permeados de hipocrisia.
Pelo que
vejo, tanto em livros como em filmes e documentários, a questão sexual em alguns
países, sobretudo os europeus, aparentemente é encarada de maneira mais
natural, enquanto que nós estamos ainda tentando aceitar determinados tipos de
situações.
Ainda temos
muitos preconceitos para superar.
Por isso
fiz questão de compartilhar a ideia da pesquisa sobre quem lê ficção. É claro
que, como professora e leitora apaixonada, considero todas as leituras importantes,
sobretudo as que se baseiam em fatos históricos, mas preciso concordar que
quanto mais ficção, mais romances, eróticos ou não, nós lemos, mais propensos a
aceitar ideias contrárias às nossas vamos ficando.
Não. Não
estou dizendo que passamos a ser capazes de fazer o que determinado personagem
faz: “Ah! Você leu tal livro, então você curte um sadomasoquismo, né?”. Claro
que não. Mas passamos a aceitar melhor a ideia e a respeitar quem curte o que
vem ali naquela história.
“O leitor pensa através de outros eventos, sem
se preocupar com urgência e permanência, e, então, pensa de jeitos diferentes
do que até ele mesmo está acostumado a pensar – e isso produz um efeito que abre sua mente” (Maja Djikic)
Li,
curtir e quero ler a continuação de Peça-me
o que quiser. Estaria mentindo se dissesse que certas passagens não me
deixaram tão sem fôlego quanto a protagonista, mas não significa que eu vou
sair por aí participando de jogos eróticos (e mesmo que fizesse, não contaria
pra vocês, rs!).
Judith
é tão próxima da nossa realidade que há momentos em que dá vontade de
esganá-la. Mas vamos combinar, conheço uma pá de mulheres que, quando
apaixonadas, não enxergam mais nada além do cabra. E tem carinhas que são assim também. Não importa
a idade, há pessoas que simplesmente põem de lado todo seu amor próprio em função
de uma relação.
Se eu
concordo ou sou assim, não. Mas não é isso o que importa aqui. Não é o meu
jeito de viver ou encarar a vida que conta.
Estamos
falando de uma história que envolve erostimo, jogos sensuais, voyeurismo, vibradores,
troca de casais...
Chocante?
Para alguns, com certeza.
Excitante?
Para outros, extremamente.
Fascinante?
Sem dúvidas.
“O seu
prazer é o meu prazer”: não importa como, desde que o alcancemos juntos, é o
que vale na relação que Judith experimentará com Eric.
Mas não
serão 396 páginas apenas de sexo. Ambos têm seus problemas pessoais, que trazem
mais dinamismo ao romance. Sim, trata-se de romance, e não apenas uma versão
literária de pornografia.
Judith
conhece, experimenta e CURTE a proposta de sexo que Eric lhe faz. E “peça-me o
que quiser” não é legado apenas a ele. A submissão pode existir para ambos.
Há alguns
anos, assisti a um programa, não lembro o canal nem o nome do mesmo, sobre swingers – isso é real. Há pessoas que
buscam este tipo de prazer e o encontram. E por que vamos fingir que isso não existe?
Existe
e é interessante.
Mas que
não se confunda o que rola entre Eric e Judith, porque eles ainda estão
conhecendo os desejos e os prazeres um do outro. Ambos vão deixando bem claras
suas regras e, desde o início ele não a engana; diz que gosta de perversão, de
assistir outras pessoas fazendo amor, só não curte homens – nem tudo é
perfeito, né?
Claro
que, com a construção de sua relação, eles vão enfrentando também dilemas,
comuns à maioria dos casais, como ciúmes, possessão, mal-entendidos, idas e
vindas...
Para
Judith essas situações intempestivas são mais complicadas, ainda mais por se
tratar de uma mulher espanhola, de sangue e cabeça quentes, ao passo que Eric –
também conhecido como Iceman, é mais
enigmático, mais difícil de ser decifrado.
O
clima, literalmente, esquenta entre eles sempre, ainda que não seja
sexualmente.
Eu não
vejo a hora de poder continuar sendo arrebatada por esse tsunami de história e, os pudicos que me perdoem, mas a excitação
causada por esse casal já deixa saudades.
Fico
por aqui, preparando a próxima coluna, que também promete!
Fiquem
bem e Carpe Diem!
Adorei!
ResponderExcluirTambém estou louca para ler esse livro!
http://pensamentosdapoetisa.blogspot.com
Olá, Ana!
ExcluirLeia sim, e nos dê sua opinião: positiva ou negativa!
Beijão, querida!
Bem, estou na metade do livro... Precisei fazer uma pausa... Porque tenho meus limites e aprendi a respeita-los. Quando vc disse aqui - "Não. Não estou dizendo que passamos a ser capazes de fazer o que determinado personagem faz: “Ah! Você leu tal livro, então você curte um sadomasoquismo, né?”. Claro que não. Mas passamos a aceitar melhor a ideia e a respeitar quem curte o que vem ali naquela história." - Isso é uma verdade... Li vários do gênero e uma coisa foi a que aprendi a respeitar quem goste e pratique. Mas definitivamente não serve para mim. Que isso existe realmente existe... Muitos praticam, gostam e são felizes. Ótimo... Para mim não serve... Não porque não respeito, mas porque não curto. Leio e gosto de me envolver com a leitura. Não consigo terminar o livro agora, preciso parar a leitura, mas vou terminar, nunca deixo nenhum sem terminar e vou ler as continuações... Porque sou curiosa, porque gosto de formar uma opinião... O livro realmente é ousado, é bem escrito... Não chega a me chocar... Porque a muito tempo sei que existe isso, já vi vídeos, e sei que não me excita... Não consigo me envolver com histórias desse tipo... E nada tem haver com o ato de observar... Mas sim com o fato não serve pra mim... Então assim, vou terminar de ler, por curiosidade e pr formar uma opinião justa PARA MIM. Seria formar a minha verdade, não a verdade de todos. Cada um é dono do seu corpo e faz o que quer. E não ter mente aberta... Porque a leitura em si só vai formar uma opinião pra mim, que muitas pessoas vão se identificar e outras não... Acrescentar mesmo não vai acrescentar... A muito sei da existência de tais jogos, das tais rodas... E tenho meus limites e opiniões... Eu me envolvo com as leituras que faço... Elas me tocam... Mesmo essa... Essa me causa nojo... Quem gosta, quem faz, faça longe de mim, com quem goste tb, super respeito... Eu ainda prefiro a fórmula sexo + sentimento + respeito + fofurice... Li Maya Banks, em Obsessão me envolvi, odiei, perdoei e me apaixonei... Gabe é um dos meus personagens de livros eróticos preferidos... Jace e Ash tb... Talvez pelo fundo e pela causa... Não o fato da prática em si... Que muitas tb não faria, ou até faria dependendo da situação e da pessoa... Como eu disse o fundo e a causa são importantes... Então esse livro até onde li me passa um texto de qualidade, bom para pensarmos e analisarmos, para nos conhecermos melhor... Não se trata realmente de uma leitura ruim... A autora escreve bem, sem dramas... Mas se trata do fato de que pra mim não serve... Todos temos limites... Quebra-los talvez seja uma auto agressão... Não necessariamente preconceito... Visto que faço muita coisa, conheço muita coisa, respeito muita coisa... Por isso, por hora não quero terminar a leitura... Um dia talvez termine, quase certeza... Mas terá de ser em doses homeopáticas porque de uma vez só vai me fazer mal... Sabemos que existe e tem que pratique e goste... Assim como sabemos que existe assassinato, crueldade, rituais de magia negra com crianças, falta de pudor, pedofilia, estupro... Sabemos que existe, vejo reportagens sobre tudo isso uma vez ou outra, mas não gosto... Me faz mal... O mesmo com sexo desse grau... Por isso a sociedade é feita de grupos... Andamos com aqueles com quem nos identificamos... Claro, sem agredir aqueles com os quais não nos identificamos... Mas cada um tem seus limites e suas verdades. Resenha sincera... Lê o livro que quer, não necessariamente quem gosta, e cada um forma uma opinião. No fundo um texto de qualidade para quem não conhece conhecer seus limites... Quem já conhece e se respeita decide até onde ir.
ResponderExcluirE... viva a liberdade de escolha... ainda bem que eu só leio o que escolho para ler... e não porque sou obrigada... já li livros que me deixaram mexida...
ExcluirSó não entendi o porque de você querer continuar a lê-lo e pensar em ler as continuações, mas enfim isso deveras não me diz respeito...
Respeito sua opinião, pelo menos o pouco que pude entender do que você expôs... e agradeço por ter se colocado aqui.
Um abraço!
Terminei de ler o livro ontem à noite! Achei muito interessante o que tu colocou sobre ele, concordo em muitas partes, principalmente que quanto mais se "convive" (seja lendo, assistindo ou presencialmente) diversas situações, mais aberta está para coisas novas da vida! XD Confesso que em alguns momentos achei a linguagem um pouco "chula", mas talvez se não fosse assim, não passaria a veracidade do momento!
ResponderExcluirParabéns pelo seu post!