Nesta semana, entrando na sala dos professores da escola onde trabalho tive o privilégio de ler este texto que foi entregue pelo professor de Ética e Cidadania da escola Objetivo/Americana, Sr. Roberto Candelori, a todos os alunos da sala de aula, para que entregassem a seus pais.
A única condição solicitada
pelo mesmo foi de que cada aluno ficasse ao lado dos pais até que terminassem a
leitura.
O texto, a seguir transcrito,
foi publicado recentemente por ocasião da morte estúpida de Tarcila Gusmão e
Maria Eduarda Dourado, ambas de 16 anos, em Maracaípe – Porto de
Galinhas.
Depois de 13 dias
desaparecidas, as mães revelaram desconhecer os proprietários da casa onde as
filhas tinham ido curtir o fim de semana. A tragédia abalou a opinião pública e
o crime permanece sem resposta.
Eu não conhecia o texto e, ao lê-lo, fiquei muito sensibilizada... por isso estou transcrevendo-o aqui para que assim como eu, vocês possam dar valor ao imenso amor que as mães nos dedicam mesmo quando achamos que são 'más'!!
“Um dia quando meus
filhos forem crescidos o suficiente para entender a lógica que motiva os pais e
mães, eu hei de dizer-lhes: - Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde
vão, com quem vão e a que horas regressarão.
Eu os amei o
suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que
aquele novo amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para fazê-los pagar as
balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer
ao dono: “Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar”.
Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé,
junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria
feito em 15 minutos.
Eu os amei o
suficiente para deixá-los ver além do amor que eu sentia por vocês, o
desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.
Eu os amei o
suficiente para deixá-los assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo
quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo,
eu os amei o suficiente para dizer-lhes NÃO, quando eu sabia que
vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).
Essas eram as mais
difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci... Porque no final vocês
venceram também! E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o
suficiente para entender a lógica que motiva os pais e mães; quando eles lhes
perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão lhes dizer:
“Sim, nossa mãe era
má. Era a mãe mais má do mundo...As outras crianças comiam doces no café e nós
só tínhamos que comer cereais, ovos, torradas. As outras crianças bebiam
refrigerante e comiam batatas fritas e sorvetes no almoço e nós tínhamos que
comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Mamãe tinha que saber quem eram
nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
Insistia que lhe
disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou
menos. Ela insistia sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e
apenas a verdade.
E quando éramos
adolescentes, ela conseguia até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era
mesmo chata!
Ela não deixava os
nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; tinham que subir, bater à
porta, para ela os conhecer.
Enquanto todos
podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelos menos 16
para chegar um pouco mais tarde, e aquela chata levantava para saber se o
passeio foi bom (só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa de nossa
mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência:
Nenhum de nós
esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de
propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.
FOI
TUDO POR CAUSA DELA!
Agora que já somos
adultos, honestos e educados, estamos nos esforçando e pedindo a Deus que nos
ajude a sermos “PAIS MAUS”, como minha mãe foi.
Eu acho que este
deve ser um dos grandes males do mundo de hoje:
A
INSUFICIÊNCIA DE MÃES MÁS!"
Então, queridas mães 'envenenadas' curtam
este dia do...
“Leva
um casaquinho!”, “Eu não sou sua empregada!”,
“Não
se esquece de lavar atrás das orelhas!”
“Só
experimenta um pedacinho!”, “Eu não te falei?”,
“Você
não atende o celular!”,
“Só
quero o seu bem!”, “O que foi que você disse?”,
“Na
minha época...”,
“Você
não sai desse computador!”, "Quando você tiver seus filhos..."
Que
Deus as abençoe e prolongue seus dias na Terra...
Lindo!!! Compartilharei!
ResponderExcluirQue lindooooooo esse texto *-*
ResponderExcluirEu amei! Eu tenho uma mãe má que é tudo em minha vida! Se não fosse por tudo o que ela fez em minha vida, eu não estaria aqui hoje escrevendo isso com imenso amor e carinho, eu não estaria na universidade com apenas 16 anos, eu não estaria feliz :)
Eu só tenho a agradecer por tudo o que ela fez.
Mensagem linda! Tocou ambos os corações: o meu e de minha mãe!
Beijos.
Ente lágrimas, comento: é assim mesmo!
ResponderExcluirPost lindo, com verdade a cada letra, a cada espaço ou sinal de pontuação.
Eu sou uma mãe muito má, com toda certeza! Obrigada querida, por me aliviar do peso de toda a minha maldade!
Te amo! Beijos na Dona Silvia!
Tania
Maravihoso texto!! Agradeço todos os dias a mãe má que tive. Se não fosse ela, eu não seria a pessoa que sou hoje. Sua coluna me fez reviver cada palavra da minha mãe, e eu sei, muito bem, que não fui uma filha fácil de ser educada. Felizes os filhos que têm ou tiveram uma mãe má.
ResponderExcluirObrigada, minha linda!!!
Feliz Dia das Mães para você e sua mãe.
Te amo.
Beijos
Espero que o carinho que foi depositado às mães no dia de hj seja espalhado por todos os dias do ano. Que os filhos consigam refletir a cerca do que ouvem de seus pais e a cerca do que respondem.
ResponderExcluirTodos viemos juntos para aprender a ser integralmente responsáveis, a começar nas nossas relações mais próximas S2!
Miquilis: Bruna Costenaro
Que coisa mais linda, é tudo, tudinho, a mais pura verdade!
ResponderExcluirAmei o post e também desejo ''que Deus as abençoe e prolongue seus dias na Terra...''.
Eu já conhecia esse texto. Li ele há uns anos e morri de chorar! hehe tenho uma cópia dele na minha caixinha de coisas que eu levo para a vida toda! É lindo né? leio sempre.
ResponderExcluirMinha mãe era (e ainda é às vezes) exatamente assim! Eu odiaaava quando ela ligava pra casa das minhas amigas quando eu ia dormir lá, só pra saber se ia ter alguém em casa e pra conhecer a mãe delas.
Mas eu tenho certeza que serei uma mãe beem má assim também! :D
Amei o texto... É lindo!!!
ResponderExcluirAgradeço por ter tido uma mãe má e peço sabedoria para poder ser má desse jeito primoroso com meus filhotes!!!!
Feliz dia das mães!!! (Um pouquinho atrasado, rs)
Beijos!!!!
Clarice Julião
Que lindooooo esse texto!!! Vou mostrar pra minha mãe depois! hehhe
ResponderExcluirQue texto lindo, não tinha visto. Eu agradeço por ter uma mãe má, e ao ler esse texto queria que ela fosse ainda mais, as vezes me pego fazendo coisas que me decepcionam, mas a vida é assim estamos propensos a errar e aprender e que mesmo já sendo "adulta" que minha mãe continue sendo má.
ResponderExcluirAbraços,
Raquel.
Amei esse texto, isso tudo é a pura verdade! Mesmo nem sempre agradando os filhos, as mães fazem o que podem e o que não podem pelo bem dos filhos. Mesmo que nem sempre percebamos o tamanho do amor e dos sacrifícios que elas fazem por nós, as mães continuam ali em todos os momentos. Agradeço a Deus por ter uma mãe "má".
ResponderExcluirNossa amei o texto! Bom, os filhos as vezes não sabem reconhecer o sacrifício que é ser uma mãe, confesso que já fui uma filha muito ingrata e hoje sei reconhecer os esforços que minha mãe fez. Graças a Deus ainda tenho minha mãe ''má'' junto comigo!
ResponderExcluir