Fugir de você hoje à tarde me fez sentir muito mal,
como se eu estivesse deixando para trás uma parte de mim.
Não quero ficar sem você. Não sei se consigo... viver sem
você.”
Olá, Envenenados!
Estamos
de volta com mais uma sexta hiper quente, em vários sentidos.
Enquanto
o maçarico ainda está ligado e o “segundo sol” mostra sua força, não para
realinhar as órbitas dos planetas, mas para fritar nossos miolos, vamos
curtindo cada vez mais os livros que nossos amados autores vão nos
presenteando.
Hoje
quero falar sobre Romance Inesquecível, da J.R. Ward, lançado no ano passado
pela editora Universo dos Livros.
Ward,
como Jessica Bird, traz uma história típica de cinema, contando como uma linda
condessa da alta sociedade americana acaba se relacionando com um dos caras
mais durões que já foram criados.
Grace
Hall é uma das mulheres mais influentes de Manhattan. Muito bonita, vinda de
uma família muito tradicional, ela assume a fundação que leva o nome de sua
família após a morte do pai, semanas antes.
Assumir
o trabalho da vida de seu pai não será uma tarefa fácil, ainda que tenha
trabalhado muito ao seu lado e aprendido tudo com ele. Ninguém espera que
assuma, nem que desempenhe bem a função. E este é apenas um dos aspectos em que
sua vida não vai nada bem.
Ao ver
uma de suas grandes amigas ser brutalmente assassinada, Grace é alertada pelos
investigadores a tomar cuidados com a própria segurança, uma vez que
encontraram uma reportagem que listava as socialites mais influentes do país, com uma foto em que ela e as demais mulheres citadas encontravam-se juntas numa
festa.
Sem
querer acreditar que está na lista de um assassino, ela continua com sua vida,
embora sua tranquilidade tenha sido abalada, não apenas pela tragédia com sua
amiga, mas pelo encontro que teve durante um baile no Plaza Hotel.
Lá ela
conhece John Smith, o absinto da vez.
Especialista
em segurança pessoal, John é o cara. Personagem do naipe dos demais machos
criados por Ward: atraente, forte, treinado, exala testosterona, durão e
acostumado a que cumpram o que determina. Conhecem mais alguém assim?
Mesmo
com essas características, que costumamos ver em vários outros personagens, não
conseguimos ficar imunes a John Smith. Claro, há momentos em que desejamos que
fosse real por diversas razões, uma delas é estrangulá-lo. Normal.
”Ser um especialista em segurança
pessoal era um trabalho perigoso, mas era a única coisa que ele se imaginava
fazendo. Com seu conhecimento militar e inteligência, e como não aceitava muito
bem receber ordens, aquela função lhe caía bem. Observador, protetor, e até
assassino, se necessário. Smith estava no topo entre os profissionais da área,
e sua pequena empresa, a Black Wacth Ltda., lidava com todos os tipos de
público, de homens do Estado a investidores e figuras internacionais.
Para alguns, aquela teria sido uma
vida difícil. Por conta da profissão, Smith viajava ao redor do mundo, dormia
em quartos de hotéis, hospedava-se na casa de outras pessoas e se deslocava de
um trabalho para outro sem intervalo. Para ele, a falta de continuidade era um
atrativo. Uma necessidade.
...
Ao passar os olhos pela multidão,
não avistou nenhum problema. O lugar estava coberto pelos seus homens. Smith
conhecia e confiava em todos eles, e os escolhera a dedo diretamente da
corporação militar de elite. A Black Watch era o único lugar que ele conhecia
onde ex-soldados, ex-fuzileiros navais e ex-militares da US Navy Seals, a Força
de Operações Especiais da Marinha dos Estados Unidos, poderiam trabalhar juntos
sem distribuir porradas. Se algo de errado acontecesse naquela noite, eles
trabalhariam juntos e fariam o possível e o impossível para proteger o
embaixador.
...
Ele fitou a multidão e avistou uma
mulher loira que tinha acabado de chegar. Usando um vestido longo, prateado e
cintilante, ela estava de pé na adornada entrada do salão de baile e parecia
radiante demais para ser real.
Ele a reconheceu imediatamente. E
quem não a reconheceria?
Condessa Von Sharone.
...
Nossa, como ela é linda!, pensou
Smith, como se a mulher fosse para o bico dele. Mas não era.”
O que
John não sabia era que a condessa também o notou.
Não,
ele não imaginaria que uma mulher como aquela perceberia sua presença, não
porque não tivesse autoestima elevada o suficiente, mas porque não estava em
busca de relacionamentos, o máximo que se permitia era um encontro ou outro com
alguém que entendesse bem o tipo de vida que levava.
Jamais
poderia oferecer uma vida estável, com dia a dia tranquilo que a maioria das
mulheres sonha. Ele não mantinha uma residência, não tinha guarda-roupa além do
necessário, estava sempre com as malas com seu equipamento e uma mochila do
exército prontas. E, sinceramente, ele preferia assim.
Mas
isso não mudava o que a condessa despertou nele; um desejo incontrolável de
possuí-la, de tê-la só para si.
Pois
bem, como os caminhos desses dois se cruzam?
Como
eu disse anteriormente, eles se encontram pela primeira vez durante um baile no
Plaza Hotel.
Intrigada
com aquele desconhecido que a encarava insistentemente, Grace lhe devolveu o
olhar.
“Smith disfarçou sua reação
enquanto ela o examinava. Ficou surpreso com o brilho astuto em seu olhar e com
o tempo que ela ficou observando a orelha esquerda, exatamente onde estava o
fone de ouvido. Ele não esperava que ela fosse tão observadora. Era um cabide
de roupa de primeira linha, da mais alta costura, com certeza. O acessório de
luxo favorito de um homem rico, sim. Mas será que ela escondia pelo menos
metade de um cérebro por trás daquela fachada elegante? Sem chance.
A condessa continuava caminhando
pelo salão quando a voz profunda de Tiny chegou ao fone de ouvido. O embaixador
chegaria em quinze minutos. Smith olhou o relógio. Quando levantou a cabeça,
ela estava em pé na frente dele, depois de ter se livrado de seus admiradores.
− Eu te conheço? – a voz dela era
suave, um pouco baixa demais para uma mulher. Incrivelmente sexy.
O sorriso que ela oferecia a ele
foi gentil e acolhedor, nada parecido com a expressão fria e aristocrática que
ele havia imaginado.”
Assim
começa uma conversa recheada de sarcasmo, por parte dele, e de interrogações, por parte
dela e provocações de ambos os lados.
Estava
claro que havia uma grande incompatibilidade ali, mas a atração estava tão
presente no ar, que poderia ser fatiada e servida em uma das bandejas de prata
do baile. Tanto que, ao ser provocado até seu limite, John agarrou-a puxando-a
para seu corpo e beijou-a de maneira intensa e ardente (claro, eles já tinham se afastado do salão), apenas soltando-a
imediatamente quando seu fone de ouvido disparou, avisando que o embaixador
acabara de chegar.
“Smith virou-se bruscamente e saiu correndo,
completamente convencido de que era melhor que ele estivesse na entrada de
serviço quando o embaixador saísse da limusine. Ele nunca havia perdido um
cliente e não seria aquela noite que o faria.
‘Apenas esqueça que a conheceu’,
disse para si mesmo enquanto corria pelo chão de concreto.
Não há a menor chance.”
Talvez
eles realmente nunca mais voltassem a se encontrar, se Cuppie Alston não
tivesse sido brutalmente assassinada. A amiga de Grace fora encontrada morta em
sua residência com o artigo falando sobre as seis mulheres mais importantes da
cidade. E, por Grace ser a sexta a ser citada no artigo, ela precisou prestar
depoimento.
Ao visitar
um casal de amigos, pouco depois de conversar com os investigadores, Grace
desabafa com eles a respeito. Fala sobre seus compromissos e a necessidade de
manter-se longe dos boatos que possam surgir em torno desse crime.
Por insistência
do casal ela acaba aceitando conversar com um especialista em segurança
pessoal.
E,
para nossa surpresa, digo para surpresa de Grace, este especialista é ninguém
menos que John Smith, o homem que ela conhecera e que a beijara de maneira tão escandalosamente
sensual.
Babado.
Nem ela
quer um segurança particular, para não chamar a atenção, nem ele quer trabalhar
com ela, quer manter-se longe da mulher que o desestabilizou.
Vida
que segue.
Depois
de perceber que Grace não está levando a sério sua própria segurança e, mesmo
que estivesse, não estaria disposta a aceitar seus termos para trabalhar com
ela, John vai embora, deixando-a para trás.
Mas,
após encontrarem um segundo corpo, nas mesmas circunstâncias do primeiro
assassinato, Grace decide que já era hora de aceitar as condições de John. Uma delas
é ele se mudar para sua residência e seguir à risca todos os procedimentos que
ele impõe.
Se vocês
acham que já dei informações demais sobre essa história, meus queridos, isso
tudo aconteceu nas primeiras páginas do livro. E tem é história para ser
contada.
Grace
terá que lidar com muitas situações inesperadas: lidar com sua mãe, que nem
desconfia de que sua vida está em perigo, com o braço direito de seu pai e com
o conselho da fundação que estão tentando afastá-la, com o passado desconhecido
de seu pai, com seu ex-marido que fará muitas exigências para assinar o
divórcio e com seu novo hóspede.
Este último
será o maior de todos os desafios.
Eis aqui
um livro cheio de intrigas, surpresas, sensualidade e muito suspense, no melhor
estilo Ward... digo Bird de escrever.
Sem contar
que aqui conhecemos o charmosíssimo Jack Walker, amigo de Grace e razão para um
ciúme desmedido de John. De tão maravilhoso e intrigante, Jack mereceu seu
próprio romance, que diga-se de passagem, também é inesquecível.
Uma
sexta “quente”, no melhor sentido da palavra, e maravilhosa para todos vocês!
Fiquem
bem, e Carpe Diem!
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