Resenha: Cidades de Papel da @Intrinseca


Autor: John Green
Tradutora: Juliana Romeiro
Editora: Intrínseca
Páginas: 368
ISBN: 8580573742
Publicação: 2013

Sinopse
Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola, Margo Roth Spiegelman. 

Até que em um cinco de maio que poderia ter sido como outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. 

E ele, é claro, aceita. 

Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. 

No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele achava que conhecia.



Ai... ai... mais um livro de John Green... Mais um livro que você devora e não quer que acabe...

Este eu fiz questão de 'guardar' os dois últimos capítulos para ler quando eu me sentisse totalmente desapegada aos personagens...

Tentei...

Falhei...

Impossível desapegar de Quentin, Margo e seus amigos nerds/pseudopopulares Radar, Ben e Lacey.

É impressionante o valor que John Green dá a cada personagem de seus livros, não só aos protagonistas... Quentin não seria Quentin sem Radar e Ben... e a história não teria a metade de mágica e da sagacidade se não fossem os diálogos incríveis destes três garotos que nos pegam pela mão e nos levam a mergulhar de cabeça nos parágrafos, pontos e vírgulas desta história cheia de 'milagres' que é Cidades de Papel!! 

"- Quem está aí?- Lacey, é você?- Quentin? Que diabos você está fazendo aqui?Eu queria interromper o xixi, mas é claro que não consegui. Mijar é como ler um livro bom: é muito, muito difícil parar depois que você começa."

Ao ler a história narrada pelo adolescente Quentin, que alimenta uma paixão avassaladora pela vizinha Margo, ficamos intrigados e ao mesmo tempo compadecidos por ele... Quem nunca teve uma paixão platônica para sofrer e escrever no diário? 

Assim, é fácil se colocar no lugar do nerd Quentin e torcer para que um dia sua velha amiga de infância o olhe com os olhos de uma adolescente também apaixonada e dê a ele todo amor que ele merece.

Mas num dia qualquer, ela o olha sim... mas não como a gente e nem ele imaginava... ela o olha com olhos ousados e cheios de vingança e o tira da vidinha confortável que ele leva! Ela vira sua vida de cabeça para baixo e de pernas para ar!!!

E depois desta noite mágica... Margo some e deixa para traz vários amigos abismados, pais irados e um adolescente MUITO apaixonado.

A partir daí, a história toma rumos misteriosos e com uma escrita hilária, cheia de gírias e palavrões... filosofias complexas... diálogos reais e devastadores, fica difícil largar o livro.

"Quanto mais eu trabalho, mais percebo que os seres humanos carecem de bons espelhos. É muito difícil para qualquer um mostrar a nós como somos de fato, e é muito difícil para nós mostramos aos outros o que sentimos."

O livro é dividido em três partes e para mim a última delas é a mais engraçada e cheia de diálogos incríveis. Talvez o fato dos quatro amigos estarem numa odisseia maluca, passando horas dentro de um carro, tentando chegar a um lugar que eles nem sabem se existe realmente, em busca de uma garota que eles não sabem se quer ser encontrada... seja para mim o máximo!!

"Abro uma barrinha de cereal sabor brownie até a metade e a seguro diante do rosto de Lacey.
- Sinta só o cheiro - digo. - Sinta o cheiro delicioso das vitaminas.
- Eu vou ficar gorda.
- E espinhenta - acrescenta Ben. - Não se esqueça das espinhas.
Lacey tira a barrinha da minha mão e, relutante, dá uma uma mordida. Ela precisa fechar os olhos para esconder o prazer orgástico inerente ao se saborear uma barrinha de cereal sabor brownie.
- Ai. Meu. Deus. Tem gosto de esperança."

Quase sem perceber, John Green consegue nos tocar e nos modificar tremendamente a cada capítulo e nos faz entender o quanto as relações de convivência e as nossas escolhas são fundamentais nas nossas vidas!

"Mas as coisas vão acontecendo... as pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não nos entendem, ou nós não as entendemos... e nós perdemos, erramos, magoamos uns aos outros. E o navio começa a rachar em determinados lugares. E então, quando o navio racha, o final é inevitável. Mas ainda há um tempo entre o momento em que as rachaduras começam a se abrir e o momento em que nós nos rompemos por completo. E é nesse intervalo que conseguimos enxergar uns aos outros, porque vemos além de nós mesmos, através de nossas rachaduras, e vemos dentro dos outros através das rachaduras deles. Quando foi que nos olhamos cara a cara? Não até que você tivesse visto através das minhas rachaduras, e eu, das suas. Antes disso, estávamos apenas observando a ideia que fazíamos um do outro... Mas, uma vez que o navio racha, a luz consegue entrar. E a luz consegue sair."   

Depois desta transcrição... você vai esperar muito para ler este livro?? Impossível, não é?!

O final do livro não é exatamente o tipo de final que estamos acostumados e isso faz com que o livro seja melhor ainda!!

Quer saber o porque dele ter este nome? Cidades de Papel??
Vai ter que ler para descobrir!! rs

Divirta-se...

Se você também está tão apaixonada por John Green assim como eu... vá até a sua página oficial e deleite-se!! ;-)

Beijocas,

9 comentários

  1. Nossa fiquei impressionada com seus comentários sobre a história. Eu pensava em ler mais pra frente, mas depois dessa declaração e exaltação ao livro... Não vou esperar tanto assim. Fiquei curiosa e encantada demais. Amei. Parabéns pela resenha. Beijos.

    ResponderExcluir
  2. Fiquei bastante curiosa! Ops, quer dizer, eu sempre fui curiosa quanto aos livros do John Green e, sou apaixonada pela sua escrita.
    Já tinha uma certa curiosidade em ler Cidades de Papel e, depois da sua resenha, deu vontade de sair correndo pra alguma livraria.
    Beijão
    http://thais-monte.blogspot.com

    ResponderExcluir
  3. Math!
    Gostei porque você falou sobre o livro, as personagens e não contou o real enredo, bem legal!
    Fiquei muito curiosa por poder ler.
    Nunca li nenhum livro do autor mas leio coisas boas sobre os livros dele.
    cheirinhos
    Rudy

    ResponderExcluir
  4. Sua resenha me instigou demais para ler Math NOSSA...Não li nada ainda do John não por falta de vontade mais por falta de coragem..porque seu principal livro "A Culpa é das estrelas" é tão lindo e sei que irei sofrer que me nego a ler..mais pela sua resenha "Cidades de Papel" me convenceu a ler..parece ser uma leitura deliciosa e divertida...vou colocar na minha meta de futuras aquisições ;)

    ResponderExcluir
  5. Morro de vontade de ler algo de John Green, e é claro que Cidades de Papel já estava na lista. Pensava em começar por A Culpa é das Estrelas, mas com tudo que você disse creio que vou começar por ele mesmo. e a Resenha está ótima ^^
    Beijos *_*

    ResponderExcluir
  6. Amo os livros de John Green, são demais. E esse é divino e seus comentários só me deixaram com mais vontade de ler. Preciso desse romance, pois anseio saber o final dela. Adorei.

    ResponderExcluir
  7. Já li Cidade de Papel é amei! Muito boa a sua resenha *.*

    ResponderExcluir
  8. Eu sou apaixonada por John Green, e com certeza amarei tanto essa história como todas as outras dele!
    Essa foi a primeira resenha que li sobre cidades de papel, e gostei muito dela, mas devo dizer que o que mais me chamou a atenção no livro foi a capa, é simplesmente linda *-* E agora fiquei curiosa pra entender o nome do livro.
    Eu espero ter a oportunidade de ler logo esse livro!!
    Beijos

    ResponderExcluir
  9. Eu já li A Culpa é das Estrelas e me apaixonei!Gente,não tem como não amar John Green ele escreve com a alma e consegue tocá-las..eu particularmente acho sua escrita adorável e viciante!Só me deu mais vontade ainda de ler Cidades de Papel depois desta resenha *--*

    ResponderExcluir

Destile seu veneno, comente!