“Quando o amor é sincero ele vem
com um grande amigo,
e quando a amizade é concreta ela é
cheia de amor e carinho.”
“O amor só é amor, se não se dobra
a obstáculos e não se curva às vicissitudes… é uma marca eterna… que sofre
tempestades sem nunca se abalar.”
William Shakespeare
Olá, pessoas!
Vocês conhecem a origem do buquê
de noivas? E o uso do vestido branco?
Durante estes últimos dias eu
estive procurando um tema para falar no Papo Envenenado de hoje. Mesmo já tendo
uma lista elaborada de assuntos, nenhum deles me trouxe inspiração. Daí, ontem me
lembrei de um casamento para o qual fui convidada.
Eis que me veio a tão esperada
inspiração. Explico a razão.
Não sou o tipo de mulher com
fixação por casamentos: quanto menos me convidarem, melhor. Mas compareço a
todos para os quais me convidam, a não ser que me encontre impedida mesmo.
O último para o qual cheguei a
sair de casa, mas não consegui encontrar o endereço – pasmem, não tínhamos GPS,
nem mesmo o deus Google Maps foi capaz de nos orientar, muito menos as
criaturas a quem indagávamos – foi o da minha querida afilhada, mas,
infelizmente, graças a esse infortúnio e os sintomas de uma dengue arretada não consegui assistir.
Mas um casamento está conseguindo
me impressionar, finalmente.
Como já devo ter mencionado, sou
professora, e um dos meus alunos veio com um papo, há alguns meses, sobre o
casamento de seus pais: “Tia, o meu pai e a minha mãe vão se casar. Eu achava
que os meus pais eram casados, mas não. Eles vão se casar e a minha mãe ganhou
um anel muito lindo, foi o meu pai que deu!”
Achei muito legal o fato de uma
criança de 8 anos estar tão envolvida neste evento, a ponto de compartilhar
comigo. Tanto que durante uma reunião contei o fato para sua mãe – mulher
fantástica, a quem muito admiro. E ela confirmou, disse que depois de 10 anos
de união e dois filhos muito amados, ambos resolveram celebrar com os
familiares e amigos.
Fiquei tão feliz por eles, que
até me surpreendi comigo mesma. Mais feliz ainda quando recebi o convite para
esta celebração. Muito fofo: no lugar onde tradicionalmente se colocam os nomes
dos pais dos noivos estão os nomes do casal de filhos.
Uma coisa é você participar de um
sonho de dois jovens, muitas vezes inexperientes que estão apostando num
futuro, num amor. Outra é poder presenciar a confirmação desse “futuro”, desse
amor. Estou muito honrada.
Mas, voltando às questões
iniciais, há alguns anos recebi um PPS que falava da origem do buquê de noivas
(http://www.slideshare.net/luciano.ob/origem-do-bouquet-da-noiva-no-dia-do-casamento), mas como não tinha referências, não sabia
se era embasado em algo real ou não, como a maioria das coisas que as pessoas
nos enviam por e-mail ou compartilham em redes sociais.
Então, dei uma vasculhada por aí
e vi que não estava longe da verdade. Só que o uso do buquê pelas noivas é
muito anterior ao que aparecia no PPS, que afirmava que este item era usado
pelas noivas francesas para disfarçar o mal cheiro decorrente da falta de banhos
diários.
Vestido da Rainha Victória |
Segundo um artigo da revista
Mundo Estranho, escrito pela Marina Motomura, as noivas romanas já usavam
buquês com ervas aromáticas com o intuito de espantar maus espíritos – a meu
ver uma razão muito mais nobre. Mais tarde, no século XIV, as noivas passaram a
lançar o buquê para as convidadas (para ajudá-las a tirar o pé da solteirice), ao
invés de dar-lhes pedaços de seu vestido, como vinha sendo feito até então. Mas
as ervas foram substituídas pelas flores que são símbolos da fertilidade.
Rainha Victória e o Príncipe Albert |
O branco dos vestidos também era
um hábito que vinha da antiguidade e, obviamente, simbolizava a pureza. Mas
houve um tempo em que as noivas começaram a utilizar cores mais intensas,
incluindo o vermelho, em seus vestidos, isso mais por modismo que por alguma
simbologia.
Hoje, felizmente, em muitos
lugares, as noivas escolhem as cores e modelos de seus vestidos, sem se
preocupar com o que a sociedade vai dizer. A virgindade não precisa ser
estampada na cor do vestido. E viva a liberdade!
Mas no século XIX o casamento da
Rainha Victória influenciou os demais até a atualidade.
Para começo de conversa, a
soberana não foi pedida em casamento, mas pediu a mão de Alberto em outubro
de 1839.
Até mesmo a marcha nupcial é
herança de Victória, pois foi uma composição que a rainha encomendara ao autor
em 1842 e se popularizou ao ser executada no casamento de uma de suas filhas.
As alianças remontam aos antigos
egípcios, que consideravam seu uso no dedo anelar esquerdo uma forma de estar
diretamente vinculados aos deuses. (http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-a-noiva-usa-branco-e-joga-o-buque-nos-casamentos)
Rainha Victória |
Mas não importa o valor que se dê
ao ritual do casamento ocidental, com altos valores, com tanta ostentação, que
para muitos é a realização de um sonho, para outros um vínculo eterno, uma
maneira de satisfazer alguma necessidade para outros tantos...
Para mim, o que se gasta nisso
tudo poderia ser utilizado de outra maneira, mas quem sou eu para administrar a
grana alheia? De toda maneira, esse ritual e seus símbolos podem durar mais até mesmo que o amor que os provoca.
O caso aqui é o que se celebra de
fato. Eu acredito neste amor que enobrece a união de suas pessoas, não
importando como elas pretendam realizar isso, seja numa igreja, num cartório,
ou até mesmo sem nada de vínculo civil, mas de corpo e alma. Acredito que
algumas pessoas têm a sorte, por
falta de tempo e preguiça para procurar uma palavra mais nobre, de viver um
momento assim.
Não, eu não desejo isso para mim.
Nunca quis festa de 15 anos, tampouco um ritual de casamento, mas aplaudo e
desejo que todos que optam por esse caminho encontrem o que procuram, que
tenham consciência de que não será nada fácil, mas que juntos possam superar as
dificuldades, que tenham fé um no outro, que andem lado a lado, nunca diante um do outro, que se respeitem
acima de tudo. Pois não há relação que dure se o respeito não for a base.
Sobre casamentos... gosto de
assistir, não de atuar, mas amo entender os rituais que tanto se repetem, mas
que a maioria ignora. Tudo tem uma razão de ser.
Seja lá como for, saúde aos
noivos!
Fico por aqui, matando a saudade
de poder escrever um bom Papo Envenenado.
Fiquem bem e Carpe Diem.
Eu não pretendo casar de véu e crinalda, mas existem casamentos alternativos que me encantam mto. Td que foge ao tradicional branco com td aquela ritualística que perdeu seu sentido no tempo faz eu querer casar rs.
ResponderExcluirSe eu pudesse fazer um casamento dos sonhos seria pagão, no meio de uma floresta, com roupas medievais =D
Qt a comparecer a casamentos eu raramente vou pq raramente me chamam, mas eu curto ir hehehe
miquilis: Bruna Costenaro
Que interessante! Nunca tinha pensado nas origens do buque ou do vestido de noiva! Acertou em cheio ao trazer esse assunto! =)
ResponderExcluirAaah.... e parabéns pelo convite! Achei admirável como se emocionou com ato tão singelo.
ResponderExcluir*-* Sonho sim em casar com toda a pompa!
ResponderExcluirE adorei o seu texto. Fico muito triste quando pessoas que não gostam dessa 'tradição' me julgam por querê-la. Você foi ótima, sem julgamentos.
A história da criança é muito linda, conheço um casal que também se casou recentemente após sua filha já ter uns 16 anos e a cerimônia foi linda sem gastar muito e ainda teve outros casais, foi algo simples e singelo. Eu as vezes penso se vou querer casar, mas se for também não vou querer tanta ostentação, meu sonho é casar na praia ao redor da água, do mar, da areia, da família e de Deus e nada mais. Muito estranha a origem do buquê.
ResponderExcluirAbraços,
Raquel.
Nossa, que bacana! Gostei desse das noivas com os raminhos aromáticos. Antigamente era tanta superstição...Mas até que a ideia é boa e ainda fica bonito não é? Gostei de saber mais, é bem interessante.
ResponderExcluirEu sou casada e não casei de véu e grinalda. Toda essa cerimônia não é pra mim, não. Mas acho super interessante saber a origem das tradições. Um vai passando para outro e a essência acaba se perdendo no tempo ... acho bacana resgatar isso.
ResponderExcluirAchei muito legal saber as origens dessas tradições. Embora eu não acredite em nada disso...
ResponderExcluirEu já sabia a origem do branco, mas não do buquê.
ResponderExcluirEu acho que é gasto muito dinheiro sim, mas é um momento único e que eu gostaria de ter registrado. Acho um investimento que vale a pena, pois é um momento muito bonito e importante. :)
Eu não conhecia a origem do branco, nem do buquê, em geral.
ResponderExcluirNão sou daquelas que pensa em casamento e em se casar de véu, vestido e coisas afim. Até hoje só compareci a um casamento. Se achei lindo? Sim, achei. Achei lindo ver a união de duas pessoas que se amam, que querem viver juntas para até quando Deus determinar. Interessante conhecer os símbolos do casamento.
Beijinho.
Na maior parte do tempo tbm não penso muito sobre o assunto e muito menos em gastar tanto dinheiro em algo, que ao meu ver, não há dinheiro no mundo que possa representar...
ResponderExcluirMas é só me convidarem para um casamento que já fico toda boba e imaginando se fosse eu a noiva o que faria de diferente e o que copiaria! rs
Adorei o Papo Tânia escolheu o tema certo, já que dizem que maio é o mês das noivas!
Não sabia a origem do vestido branco e nem do buque ! E concordo com você eu também não quis uma festa de 15 anos e acho que um casamento tradicional ta difícil kkk mas posso mudar de ideia. Eu nunca fui num casamento mas tenho a esperança de um dia presenciar um.
ResponderExcluirAAAHHH que fofo a história do seu aluno!
ResponderExcluirAdorei os significados do buquê, principalmente o das romanas, de espantar os espíritos ruins!
Também não sou de ficar me imaginando em um enorme vestido de noiva.
Adorei o post e gostei muito das fotos também.
Eu sou das antigas e pretendo me casar com tudo o que tenho direito hehehehe. Tudo no casamento tem um significado. Desde a aliança, até o véu. Eu amo revistas de noivas e estou sempre vendo as reportagens por isso já sabia de algumas coisas. A do buque eu não sabia. Se fosse casar de branco só as virgens, acho que quase ninguém mais ia casar de branco. Quanto ao dinheiro, se for colocar no papel o que se gasta com a cerimonia e com a festa, dá pra comprar uma casa quase.
ResponderExcluirNão sabia nada sobre a origem dessa tradição que é o casamento, tinha vaga ideia sobre a razão para os vestidos serem brancos, mas fiquei surpresa ao descobrir qual é a origem dos buquês.
ResponderExcluirMuito legal a reação do seu aluno ao falar sobre o casamento dos pais. Nesse caso, o casamento é como uma celebração do amor e não o início de uma vida juntos. O convite deve ter ficado lindo, com o nome dos filhos! :)
Espero me casar um dia, mas não ligo muito para cerimônias de casamento. Sou como você, gosto de assistir, mas não me imagino como centro das atenções. Também não quis uma festa de 15 anos exatamente por detestar aparecer mais do que o necessário. Se eu me casar, vou querer uma cerimônia simples e o mais íntima possível. Afinal, como você ressaltou, o mais importante são os sentimentos envolvidos nisso.