“Enquanto a cor da pele for mais
importante que o brilho dos olhos, haverá guerra.”
Bob Marley
“A razão pela qual intolerância, sexismo, racismo,homofobia
existem é o medo. As pessoas têm medo de seus próprios sentimentos, medo do
desconhecido.”
“A verdadeira obscenidade existe e está diante de nossos
olhos. É o racismo, a discriminação sexual, o ódio, a ignorância, a miséria.
Tem coisa mais obscena que a guerra?
E ainda ficam dando importância ao sexo.
Quem diz que acha sexo feio é nada mais que hipócrita.”
Madonna
Olá, Envenenados!
Quando mais nova, eu adorava bancas de
jornal, mas era por causa de álbuns de figurinhas ou revistas em quadrinhos.
Às vezes, eu ficava um tempão escolhendo
as revistinhas, procurando as que eu ainda não tinha.
Desde sempre também via ali aqueles
livros de romance, sabe, do tipo Sabrina, Julia, Bianca... nunca tive a menor
curiosidade para saber do que se tratavam. Na época estava mais voltada para a
leitura exigida pela escola, como os livros da série Vagalume, Para Gostar de
Ler... enfim, nada que tivesse relação com o conteúdo daqueles livrinhos com
nomes de mulheres cujas páginas eram amareladas.
Com o tempo, comecei a ler livros mais
maduros, alguns em conseqüência dos estudos no ensino Normal, como O Encontro
Marcado, de Fernando Sabino, O Pequeno Príncipe, Dom Casmurro e muitos outros
que acabaram entrando em minha vida por escolha e por formação como Blecaute e
Feliz Ano Velho do Marcelo Rubens Paiva, entre tantos outros.
Mas nada havia me despertado o interesse
pelos tais livrinhos de banca, que surgiram aqui a cerca de 70 anos, embora o
estilo reporte aos anos 1920, quando a Companhia Editora Nacional (hoje também
conhecida como IBEP) publicou a Biblioteca das Moças – uma coleção de livros
voltada para o público feminino cujo conteúdo era basicamente o mesmo, com
jovens indefesas e pobres que viam suas vidas mudarem totalmente ao se
apaixonarem por homens perfeitos e poderosos, e o final era sempre feliz,
depois de tanto sofrimento, com a união feliz entre os pares como a solução, como
a salvação.
Ainda não tenho muita paciência para esse
tipo de livro, mas acabei chegando a alguns deles, tudo por culpa de Linda
Howard e Nora Roberts.
Depois de conferir suas edições de
livraria que, infelizmente, são poucas, comecei a buscar mais títulos da Howard
e gelei quando vi que a maioria publicada aqui era de literatura de banca. Tudo
bem, eu encaro – pensei, corajosamente, afinal era Linda Howard. Foi então que iniciei
meu tour pela vida da família Mackenzie.
Tudo começou com A Montanha dos Mackenzie
que conta a história de Wolf Mackenzie, herdeiro de comanches e celtas, “figurão”
que me rendeu de vez com seu visual indígena suavizado pela herança escocesa do
pai. Depois dele ficou difícil não querer conferir os demais livros dessa série
que contam as histórias dos seus descendentes.
Paul Marron |
Então, fazendo o meu mea culpa, em parte graças a Linda e a Nora, em parte porque
devemos respeitar as escolhas dos outros, Wolf Mackenzie é o absinto do dia.
“Ele precisava de uma mulher. Muito.
Wolf Mackenzie teve uma noite irrequieta,
a lua cheia lançando sua luz sobre o travesseiro vazio a seu lado. O corpo doía
de tanto desejo, com a necessidade física de um homem saudável, e o passar das
horas apenas aumentava sua frustração. Finalmente, levantou-se da cama e andou
nu até a janela, o corpo forte e grande movendo-se com charme e flexibilidade.
O piso de madeira estava gelado contra seus pés descalços, mas ele deu
boas-vindas ao desconforto, uma vez que isso ajudava a esfriar o intenso desejo
que lhe esquentava o sangue.
O brilho do luar entalhava os ângulos de
seu rosto, testemunha viva de sua hereditariedade. Mais do que os espessos
cabelos pretos, usados na altura dos ombros, ou ainda os olhos negros com
pálpebras pesadas, suas feições definitivamente o proclamavam indígena. Eram as salientes maçãs (envenenadas) do rosto e a testa larga, os lábios finos e o nariz elevado.
Menos óbvia, mas não menos forte, era a sua herança celta, herdada de seu pai,
apenas uma geração atrás, proveniente da região montanhosa da Escócia. Aquilo
havia refinado seus traços indígenas herdados da mãe, dando-lhe feições limpas
e de corte afiado. Em suas veias corria o sangue das duas civilizações mais
guerreiras na história do mundo, comanche, uma tribo indígena norte-americana e
celta. Nasceu guerreiro e, ao alistar-se, isso foi nítido para o exército.”
O misterioso e maravilhoso Wolf vivia no
alto de sua montanha com seu filho Joe. Ambos eram excluídos da comunidade de
Ruth, povoado localizado ao pé de sua montanha, por serem descendentes de índios,
mas Wolf ainda carregava o estigma de uma condenação por estupro.
Tinha as necessidades normais de um homem
saudável, claro, incluindo o sexo, mas evitava relacionamentos sérios. Seu
histórico o havia transformado em um animal arisco, resmungão e distante das
pessoas. Até porque a rejeição que lhe dirigiam era tão intensa e antiga que
ele já se acostumara a não ser aceito por ninguém. Até que a professora Mary
Elizabeth Potter surge em
sua vida.
A professora que se mudara havia pouco
tempo da Georgia, ainda tentava se acostumar ao frio de Wyoming. Na busca de
uma nova vida, Mary assume a escola de Ruth e quando percebe a ausência de um
de seus mais promissores alunos, parte para a Montanha dos Mackenzie para tentar
convencer o jovem Joe a retomar seus estudos.
O que não esperava era ter que enfrentar
tanto o frio como a neve no caminho, e seu carro acaba enguiçando. Quanto está
para perder as esperanças, surge outro carro e dele sai um homem enorme que vem
em seu auxílio.
A partir daí, nada mais será igual para
nenhum dos dois.
Wolf simplesmente não acredita que aquela
pequena mulher, de olhos azuis e que sequer sabe se vestir, conseguirá
convencer seu filho de dezesseis anos a voltar a frequentar um ambiente hostil
e deixar de realizar o trabalho em seu rancho. Claro que a escolha de abandonar
a escola foi de Joe, pois ele jamais interferiria nas decisões do filho.
Por outro lado, também não imaginava que
aquela mesma professorinha cafona tivesse um poder tão grande em despertar seu
desejo.
Sei que, às vezes, critico esses romances
“mulherzinha”, onde o sexo fala mais alto que a história em si. Mas a história
de Wolf e Mary é muito linda, pois trata de descobertas, e nenhum dos dois é
ingênuo, ambos são maduros, são lindos e pensam que nada mais irá acontecer de
novo e excitante em suas vidas. Existe uma história aqui e, apesar de seu
primeiro encontro ser um misto de desconfianças, medos e muito tesão envolvido,
o livro que é pequeno e modesto é simplesmente maravilhoso. E, gente, as cenas de sexo são algo indescritível! Valei-me, minha santa Howard!
Eu lamento que a Harlequin Books não
disponibilize mais desta história. Pois é, A Montanha dos Mackenzie é uma peça
rara, não a encontramos mais nas bancas e raramente a vemos do site da editora.
Mas não custa nada dar uma cutucada no
pessoal. Quem sabe eles nos dão de presente mais exemplares de mais essa prova
de que Linda Howard é maravilhosa, até mesmo nas bancas?
Fico por aqui, desejando a todos uma
Sexta fantástica e um excelente final de semana. Ah! Ia me esquecendo: FELIZ
ANIVERSÁRIO, RIO DE JANEIRO! Apesar da greve dos rodoviários e de tantos outros
problemas, você ainda é maravilhosa!
Fiquem bem e Carpe Diem!
Já li muito sabrina,bianca e etc.
ResponderExcluirTenho até hoje,mais é tanto livro para ler...
Que pena que está "sumidinho" esse :(
Beijinhos,
Lia ¨
www.limaoealecrim.blogspot.com
Olá, Lia!
ExcluirConcordo com você, adoraria que este título estivesse disponível, é o único que não tenho!
Beijos, querida e obrigada pela visita!
Tania
Oi Tania, eu adoro romances de banca! Já os leio desde os 12 anos e de lá para cá meu gosto literário mudou bastante, diversifiquei, e claro que expandi meus horizontes... Mas, os romances de banca tem lugar cativo no meu coração e os leio até hoje! Eu sou doida por esta série, mas como você bem falou não consegui comprar ainda. É difícil de achar. Parabéns pela sua resenha e fique ligada amiga, que tem maravilhosas autoras e histórias publicadas em nossas Bancas... kkkk
ResponderExcluirBjus
Lia Christo
www.docesletras.com.br
Oi, Lia!
ExcluirPois é, ainda tremo quando penso em romances de banca, gosto de histórias mais complexas do que os simples romances, mas a Linda vai além da docilidade da relação dos seus personagens. Vou tentar aos poucos, mas bemmmmmmmm devagar. Obrigada pela dica, querida!
Beijão!
Tania
Oi Taninha, leia alguns da Linda Lael Miller, foge um pouco do mocinho ogro, mocinha virgem se encontram e são felizes no final. se quiser te mando alguns assim. Mas é tudo de cowboy viu? eu amo.
ExcluirOi, Deninha!
ExcluirAmo cowboy, a Howard tem alguns também, pode mandar, que eu leio. Não aguento esses romances fáceis que aparecem, desses que o povo sente tesão e caem em cima um do outro logo nas primeiras páginas, gosto das coisas complicadas que vão se resolvendo beeemmm devagar!
Valeu a dica amiga!
Estou aguardando!
Beijo
Esse eu não li, mas sabe uma autora de "romance de banca" que eu adoro? Diana Palmer! kkkkkkkkkkkkkkk A série "Os Mercenários" é uma que gosto muito. Acho que o negócio para mim é não ser mela mela... Fora isso, tô dentro! rsrs
ResponderExcluirAmei a coluna, Tânia!
Beijocas
Essa história é maravilhosa, Renata, eu adoro.
ExcluirAinda não li a Palmer, até tenho curiosidade, mas tenho medo de ser daqueles que você sabe que não curto!
Mas vou tentar encarar o bicho!
Beijão
Com certeza uma história maravilhosa.
ResponderExcluirBjs, Rose.
Fantástica, Rose!
ExcluirQue bom te ver por aqui!
Beijos
Tania