Sexta Envenenada: Amante Renascido


"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."
Vinicius de Moraes – Soneto da Fidelidade


Olá Envenenados!


Olha eu aqui, mais uma vez!
E hoje é um dia especial, não só porque é sexta, mas também porque há 13 anos, no dia 21 de fevereiro (ontem), foi instituído como o Dia Internacional da Língua Materna pela UNESCO, com o intuito de promover a diversidade cultural linguística e as tradições linguísticas e culturais.
Acho que este é um dos dias que poucos conhecem, mas que todos deveriam comemorar. Sobretudo nós, brasileiros, uma vez que, ainda que com a sombra da esquisita Reforma Ortográfica, jamais seremos ultrapassados em diversidade. Somos um país continental, dada sua extensão, que possui cinco regiões, que abriga vinte sete unidades federativas, sendo vinte seis estados e um distrito federal, onde nasceram e nascem pessoas cuja língua materna é o português, que é bastante distinto do de Portugal e dos outros países que falam a mesma língua.
Nossa diversidade linguística e cultural é tão grande e rica que não há reforma alguma que a enquadre: aqui no Rio de Janeiro temos nossas peculiaridades, como arrastarmos o som do X em palavras que não o possuem, motivo de implicância de nossos vizinhos, gírias próprias; em São Paulo, a herança italiana é gritante na pronúncia do R e do N; em Minas Gerais meus conterrâneos costumam diminuir distâncias e palavras – o que é um pãozinho de queijo, fica mais saboroso ainda quando transformado em “pãozim de queij”... e por aí afora.
Mas infelizmente, muitas vezes cometem-se erros, seja por ignorância ou por descuido e, em tempo de mundo digital, o que mais observamos é a proliferação de erros ou enganos cada vez mais frequentes.
Enfim, cuidemos mais de nossa língua materna!
E para entrar no clima, hoje finalmente vamos falar sobre um dos livros mais aguardados de 2012: Amante Renascido (Lover Reborn).
Pois é, pessoas, eu finalmente li o livro do meu amado Tohrment.
Lembro que quando começaram a divulgar informações sobre Amante Renascido, eu comentei com a Lia que tinha medo da história, pois uma das informações era a de que a possível parceira do meu tão querido e sofrido Tohr seria No’One. Realmente, eu achava que não ia gostar da história e, dependendo de como tudo acontecesse, talvez eu parasse por aí com a IAN.
Tohr e Boo
Enfim, não foi o que aconteceu, continuo amando a IAN, adoraria ser a shellan do Tohr e caí nas graças de No’One. Mas...
Preciso dizer que, embora eu não curta livros que ficam focados apenas num casal ou personagem, Amante Renascido foi um exagero de núcleos... muita informação para minha já débil cabeça de vento. Mas se fosse apenas isso, tudo bem – informação demais pode ser legal ou não, dependendo do ponto de vista – acontece que a quantidade de equívocos cometidos, não pela autora, mas por tradutores, editores e revisores bateu o recorde entre os livros da IAN. Enquanto eu chorava por alguns personagens e situações, chorava também por ver negligenciarem até mesmo concordância de gêneros, mas não vou me ater a isso, caso contrário, não farei o que me proponho aqui, que é escrever sobre meus personagens tão amados.
Raoul Bova
Bom, Tohrment é o primeiro Irmão a surgir no primeiro livro dessa saga que conquista multidões de fãs a cada volume, Amante Sombrio, ao lado de Darius, pai de Beth Randall, protagonista deste livro, ao lado do rei Wrath.
De todos os Irmãos, Tohrment é o único vinculado, ou seja, o único casado. É o único mais centrado, mais equilibrado – tanto que posteriormente é recebe o posto de comando dos guerreiros.
A princípio, não imaginava que Tohrment fosse ter seu próprio livro, até porque, além dos grandes conflitos que os Irmãos têm com seus inimigos e com suas próprias histórias, a história central dos livros da Irmandade da Adaga Negra gira em torno da vinculação destes machos com o amor de suas vidas. Então, como Tohr já tem o amor de sua vida, a belíssima Wellsie, não era de ser esperar um volume dedicado a ele.
Mas uma tragédia (lamento por quem ainda não acompanha a série, mas temos que falar sobre os personagens e suas histórias) abala esse macho tranquilo e resolvido. Na verdade, a tragédia abalou a todos, os Irmãos, suas shellans, e a nós. Pelo menos eu fiquei tão revoltada com a situação, que demorei a engoli-la, se é que o fiz, assim como com a história de Vishous.
 Enfim, Tohr perde sua amada e literalmente enlouquece, ficando desaparecido por meses. E, quando todos acreditavam que  não mais voltaria, ele é resgatado por Lassiter, um anjo caído, que é uma graça, mas detestado pela maioria dos Irmãos.
O que não sabíamos com certeza era qual a missão do anjo após salvar Tohr de seu exílio auto-infligido, e só vamos entender agora em Amante Renascido.
Na altura do campeonato, Lassiter, que ainda não compreendia como poderia ajudar, percebe em No’One a possibilidade de um resultado eficaz para resgatar definitivamente, não somente o guerreiro de seu sofrimento, mas também as almas de Wellsie e seu filho, já que ambos estão presos num Limbo devido ao apego e sofrimento de Tohr.
A tarefa não será fácil, por todos os motivos imagináveis, mas principalmente porque Tohr se recusa até mesmo se alimentar de outra fêmea, imaginem se aproximar sexualmente ou emocionalmente; porque é esta a única maneira de libertar Wellsie e seu filho para que possam entrar no Fade.
Outro fator que dificulta o trabalho é o histórico de No’One, que há séculos atrás fora resgatada por Darius e Tohr, depois de ser sequestrada e violada por um sympatho, acabou engravidando e cometendo suicídio depois do parto. Sofrimento a rodo por aqui.
Realmente, nunca pensei que fosse ver algo que os ligasse, mas Ward, claro, vai desfiando a trama e tirando as desconfianças e os narizes torcidos.
Muitas coisas são explicadas aqui, como o que aconteceu com No’One após ter sido enterrada por Tohr, mas senti falta de saber mais sobre esse guerreiro que tanto admiro – não sei, mas gostaria de ver mais sobre sua história, o porque do abandono de seu pai e a posterior reconciliação. Talvez seja reflexo do meu desejo de conhecer mais a história de Darius, já que ambos foram parceiros e amigos durante séculos. Aliás, Tohr tem em Darius o pai que sempre desejou. Mas senti falta também de momentos da intimidade dele com No’One, como tivemos com os demais Irmãos, e não falo apenas de sexo. Talvez eu seja exigente demais, talvez eu ame demais essa série, para me contentar em esperar pelo próximo volume, sei lá!
Mas, fazer o que?
Tohr e No’One estão numa situação delicada e, apesar de Amante Renascido estar recheado de sexo bastante detalhado – hot, hot, hot – não apenas entre ambos, mas também com direito a cenas fortes com John e Xhex, Blay e Saxton, ambos não estão dispostos a se envolver mais que isso. E a história nos prende até o último ponto.
Entre o dilema de Tohr e No’One, veremos mais de nosso querido rei, uma vez que o Bando de Bastardos, liderados por Xcor, está definitivamente decidido a derrubá-lo e tomar o poder. Neste sentido é tensão o tempo todo – adoro!
Participaremos também do drama que o fofo do Qhuinn vive, e, aguardem, esse rapaz terá grande participação nesta história. Estou apaixonada.
Outra grande revelação para mim em Amante Renascido foi Xhex. Nem em Amante Meu ela havia me cativado tanto. Na verdade, me identifiquei demais com ela, pois Ward mostra outra faceta desta personagem. A relação dela com a mãe promete. Só para constar: ambas me fizeram chorar muito. Além do mais, a mestiça também terá seu relacionamento com John bastante abalado; não percam os próximos capítulos.
Mais uma vez Ward impressiona. A mim, sobretudo, porque eu torcia mesmo o nariz para a relação de Tohr e No’One, por causa dela. Mas, verdade seja dita, apesar de todos os seus problemas, é Thor quem terá de fazer por merecer o amor dessa fêmea também sofrida demais. E, tudo bem, sou grandinha suficiente para admitir quando cometo um erro de julgamento: de fato o título Amante RenascidA, tinha tudo a ver, por se tratar de No'One e devido ao contexto de sua situação. Mas mantenho minha opinião sobre os direitos do Irmão, pois a história é dele, assim o título deveria ter sido dado para ele... Amante Resgatado, Renovado... enfim, fosse qual fosse, o título deveria ser para Tohrment e não para No’One.
Se recomendo Amante Renascido?
Obviamente recomendo! Se não fosse a lista de espera, eu o leria novamente ainda agora, pois é tudo o que eu mais amo: ação, intriga, traições, incertezas, e, gente, é muito erótico. Sem falar que a autora soltou o verbo e o livro está bastante “desbocado”, sem ser vulgar e cansativo.
Parabéns, J.R. Ward, por mais esse “gigantenorme” texto, em todos os sentidos do termo inexistente.
Fico por aqui, já pensando na próxima Sexta.
Fiquem bem e Carpe Diem!
 

8 comentários

  1. Ótimo post !

    Beijinhos,
    Lia ¨
    www.limaoealecrim.blogspot.com

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  2. Obrigada, Jamilly!
    Tenha um excelente dia!
    Beijos
    Tania

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  3. Oi Tania, amei sua resenha como sempre! Sou suspeita para falar desta série que amo tanto,mas vou falar mesmo assim...
    Eu amei este livro, na minha humilde opinião ele é um dos melhores da série até o momento. Eu chorei, sorri, xinguei e como você também senti falta de mais cenas com o Tohr e No'One, e sim eu gosto dela. Eu adorava a Wellsie, mas desde que soube quem ia ser a nova companheira do Tohr eu gostei. Diferente da maioria que torceu o nariz, que reclamou e que achou tudo um absurdo, eu curti muito, e vc deve lembrar de nosso papo sobre isso.
    Euzinha acho que eles eram para ficarem juntos desde o princípio, e somente o fato da No'One ter comeitdo o suicídio, é que atrapalhou a história deles. Mas como a Warden, minha Diva, sabe das coisas ela conseguiu voltar ao começo e fazer eles ficarem juntos de uma forma linda demais...
    Sei que falei demais... Mas, quando o assunto é IAN, sempre me empolgo...Vlw pelo post. Bjus
    Lia Christo
    www.docesletras.com.br

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    1. Ai,Lia!
      E como lembro!
      Acho que está na hora de nos encontrarmos para falar mais desses livros tão queridos!
      Bem que podíamos marcar algo antes de sair Lover at Last e, quem sabe sairmos em comboio para a Bienal!?
      Adoro quando você aparece por aqui!
      Obrigada querida, por existir e compartilhar esses machos comigo!
      Te amo!
      Beijos
      Tania

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    2. Tania sua linda! Me deixou coradinha agora... kkkkkkkkk
      Mas, você tem razão. Um encontro com meninas que gostem dos mesmos livros que a gente e poder falar livremente sem pudores sobre eles ia ser delícia pura!
      Quanto a Bienal, só poderei ir no final de semana... Snif...
      Mas, topo te encontrar por lá querida. E você sabe que te amo também!
      Bjus

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    3. Vai ser ótimo, poder te encontrar!
      A gente combina então!
      Beijão

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  4. Acho que você leu minha mente!!! kkkkkkk
    Até o ponto em que cheguei no livro ando com a mesma opinião que você sobre quase tudo, apesar de eu não achar tão ruim ter várias histórias paralelas.
    Depois de ter ficado bem decepcionada com Amante Libertada, Amante Renascido tem me feito voltar a amar esses Irmão perfeitos. Ainda preciso terminar, mas estou adorando mesmo!!! ^^
    Bela resenha!!

    beijos

    http://kastmaker.blogspot.com/

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    Respostas
    1. Oi, Gih!
      Que bom que você está gostando. De fato, Amante Libertada deixou a desejar, mas pela personagem título, não pelos demais.Mas IAN é IAN.
      Quando ler Amante Finalmente vai enlouquecer de vez com eles!
      Beijo e obrigada por estar aqui conosco!
      Tania

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