Resenha: O lado bom da vida da @Intrinseca


O lado bom da vida

Autor: Matthew Quick
Editora: Intrínseca
Páginas: 256
Lançamento: 2013
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Sinopse

Uma história encantadora sobre amor, loucura e Kenny G


Pat Peoples, um ex-professor de história na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". 
Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. 
Com seu pai se recusando a falar com ele, sua esposa negando-se a aceitar revê-lo e seus amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora um viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. 
À medida que seu passado aos poucos ressurge em sua memória, Pat começa a entender que "é melhor ser gentil que ter razão" e faz dessa convicção sua meta. 
Tendo a seu lado o excêntrico (mas competente) psiquiatra Dr. Patel e Tiffany, a irmã viúva de seu melhor amigo, Pat descobrirá que nem todos os finais são felizes, mas que sempre vale a pena tentar mais uma vez.
Um livro comovente sobre um homem que acredita na felicidade, no amor e na esperança.


Para ser bem honesta, antes de saber que o livro existia eu tomei conhecimento do filme que estava sendo lançado. Indicado em oito categorias do Oscar, e com atores que eu gosto bastante, fiquei curiosa sobre o filme e, consequentemente  sobre o livro. Foi assim que cheguei até O Lado Bom da Vida, livro de Matthew Quick.


Eu não sabia o que me aguardava nesse livro. Mesmo lendo a sinopse, achei que ela revelava pouco  e justamente por isso, cada página que avançava era um incentivo a mais para chegar ao final e descobrir como Quick resolveria a história de Pat.

O Pat que conhecemos no livro é um cara legal. Um tanto psicótico e bipolar, mas ainda assim, simpático. É um protagonista com carisma. 

O livro começa quando Pat é tirado do hospital psiquiátrico por sua mãe e seu único objetivo é reencontrar Nikki, sua esposa que está passando um “tempo separados” desde que ele fez algo ruim, coisa que aliás, ele não se recorda o que foi. Essa não é a única coisa que ele não se recorda. Pat acredita que passou apenas alguns meses no “lugar ruim”, mas na verdade, foram anos. O problema é que esse tempo não existe em sua memória. Agora que ele está de volta à casa dos pais, ele tem de lidar com sua reabilitação ao convívio, com o pai que não conversa com ele, os amigos pisando em ovos, o irmão que quer se reaproximar, a esposa que não pode ver, um terapeuta um tanto excêntrico e a louca Tiffany.

A primeira coisa que me cativou no livro foi Pat. Um sujeito com seus trinta anos que em muitos aspectos se comporta como uma criança, inseguro, birrento e intransigente. Da sua forma louca, ele é um charme. Seus lapsos de memória, o pavor às notas musicais do jazz de Kenny G, seus termos “tempo separados” e “lugar ruim” e sua tentativa em praticar gentileza são apenas algumas das coisas muito engraçadas e divertidas no personagem.

Tiffany, a personagem que acaba agitando o mundo de Pat, também tem seus próprios problemas. Viúva depois de uma década de casamento, ela ainda sofre o remorso e a perda do marido. O primeiro encontro entre ela e Pat não é dos melhores e nem dos mais convencionais, mas certamente é indício do que esperar para os dois. Ambos estão sofrendo, cada um de sua forma e ambos tem suas consultas com seus respectivos terapeutas. Uma confusão anunciada, porém, necessária. Tiffany é ótima e sabe o que quer, e é ela quem de fato, mais ajuda Pat.

Apesar de parecer só divertido, o livro também tem seus muitos momentos de drama. A tristeza de Pat pela ausência da esposa é tão forte que é palpável. Além disso, sofremos junto com ele quando ele tenta relembrar dos anos perdidos e não consegue. Sofremos quando ele consegue relembrar. Compartilhamos seus sentimentos de perda e decepção. Durante a leitura, eu também fui, em partes, Pat Peoples.

Quick escreveu uma história tão boa e cativante que ficamos presos a ela. Apesar de não ser mito trivial, de você não cruzar com uma história desses todo dia na vida real, é uma história emocionante que fala de erros, arrependimentos, consequências e superação. É uma história sobre otimista, sobre acreditar que o final feliz acontece para todos.

“Quando baixo o cardápio, tanto Tiffany quanto a garçonete estão me encarando, como se estivessem preocupadas. Então digo: – Cereais com passas. - Porque me lembrode ter lido que esse prato custa apenas dois dólares e vinte e cinco centavos.– Leite?– Quanto é o leite?– Setenta e cinco centavos.Acho que posso bancar isso, então digo:– Sim, por favor.”

3 comentários

  1. Assisti o filme e me surpreendi,porque o Pat é um personagem "normal" e o melhor que acredita no " lado bom da vida" mesmo depois de passar por uma situação difícil,e sua vida sofre uma reviravolta quando conhece Tiffany.
    O livro ficou criativo com a capa do poster do livro

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  2. Li e realmente amei esse livro. Achei que fugiu do tradicional romance água com açúcar. E é sim um romance real, não colocaria ele como drama. Também me coloquei na pele de Pat e confesso que tentei nem sempre estar certa, mais compartilhar a gentileza. Assisti o filme e acho que ficou devendo para o livro... apesar que geralmente isso acontece.
    Adorei a resenha...obrigada, envenenadas.

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  3. Eu preciso saber o quão bom livro. Obrigado pela resenha. Filme muito bom. Bem dirigido, um bom roteiro, divertido, inteligente. Jennifer Lawrence esta digna em seu personagem, ja mostrou que é uma excelente atriz, ja Bradley Cooper me surpreendeu, a história tem sido os melhores filmes de Bradley Cooper que eu vi. Atuações ótimas até mesmo dos coadjuvantes Robert De Niro e Jacki Weaver estão ótimos. Uma ótima historia, madura, diferente de todas essas comedias dramáticas/românticas. Vale muito apena acompanhar.

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