Resenha:'Charlotte Street' da Novo Conceito





Charlotte Street

Autor: Danny Wallace
Editora:
 NOVO CONCEITO 

Lançamento:
 2012

Páginas:
 400




Sinopse: 

Tudo começa com uma garota... (porque sim, sempre há uma garota...) Jason Priestley acabou de vê-la. Eles partilharam de um momento incrível e rápido de profunda possibilidade, em algum lugar da Charlotte Street. E então, em um piscar de olhos, ela partiu deixando-o, acidentalmente, segurando sua câmera descartável, com o filme de fotos completo... E agora Jason — ex-professor, ex-namorado, escritor e herói relutante — se depara com um dilema. Deveria tentar seguir A Garota? E se ela for A garota? Mas aquilo significaria utilizar suas únicas pistas, que estão ainda intocáveis em seu poder... É engraçado como as coisas algumas situações se desenrolam... 




Olá Envenenadas !!!

Como seria encontrar o amor da sua vida, não saber seu nome e não ter a menor ideia de como encontrá-lo???

Este é o ponto de partida para a incrível história de Charlotte Street, a história de Jason, a história de um homem em busca de si mesmo. Um encontro rápido na porta de um táxi, uma ajuda e por fim nenhum número de telefone, apenas uma câmera fotográfica como ponto de partida para localizar aquela que pode ser “A Garota”.

No começo do livro a vida de Jason é um pouco monótona e complicada. Ele é ex-professor e dedica-se a fazer reportagens esporádicas para um pequeno jornal, o London Now, dirigido por sua amiga Zoe, com quem teve um pequeno envolvimento amoroso no passado. Descobre, por meio de uma rede social, que sua ex-namorada está noiva e grávida e, além disso tudo, mora de favor, na casa de um amigo que tem uma loja que vende fitas de vídeo games.


“Sou o Jason Priestley de 32 anos que mora na Caledonian Road, em cima de uma loja  de vídeo game entre uma agência de notícias polonesa e aquele lugar que todo mundo pensa que é um bordel, mas não é. O Jason Priestley que desistiu do seu trabalho de representante-chefe de departamento em uma escola ruim, no norte de Londres, para perseguir um sonho de ser jornalista depois que sua namorada o deixou, mas que terminou solteiro e freqüentador de restaurantes baratos, e espectador de filmes horríveis e, portanto, pode escrever sobre esse tipo de filme naquele jornal gratuito que te entregam no metrô e que você pega, mas nunca lê.”


A vida de nosso protagonista está estagnada, em seu ponto de vista o mundo lhe virou as costas, mas com a ajuda do amigo Dev, o ex-aluno Matt e Abbey uma menina de cabelo azul e muitos sonhos escondidos, ele acaba sendo obrigado a seguir em frente. Jason vai se auto descobrindo, superando dificuldades e deixando de ser o fracassado que era considerado por todos.


 “Você precisa se desapegar. Você estragou tudo, mas se você não a deixar ir embora, nunca mais amará alguém. Você é um bom partido, do seu jeito, Jason, mas você tem muitos conflitos pendentes. E você não pode deixar que isso o defina. Você não pode ter essas constantes lembranças. “A Sarah está casada, Sarah está se divertindo, Sarah não precisa mais de você.” Você precisa apagar e recarregar, e então você pode tê-la na sua vida novamente, talvez um dia, mas você terá se tornado o alguém que você precisa ser” – de Abbey para Jason, página 197.

            Conhecemos vários personagens no decorrer da narrativa, mas o grande destaque fica para o melhor amigo de Jason, Dev, que literalmente rouba a cena em vários momentos e acaba sendo muito carismático e encantando o leitor. Dev me cativou - um fofo engraçado e companheiro para todas as horas e com certeza, a maior razão de Jason empreender a busca pela “Garota”.
  
Danny Wallace, com sua narrativa irreverente e inteligente, nos apresenta não uma história de amor romântico, mas uma história sobre o amor próprio e amizade. Amei seu humor britânico ácido, que esconde a imensa doçura de um personagem inteligente, sarcástico, apaixonado e recalcado.

O autor construiu uma trama gostosa e edificante, com personagens magníficos. O formidável do livro é que não há magia, fantasia, seres sobrenaturais ou acontecimentos mirabolantes e extraordinários. Tudo o que lemos é sobre o cotidiano da vida londrina e de um homem lutando para ser feliz e se achar, como tantos outros, em uma selva de pedra. As situações pelas quais os personagens centrais passam são em muitos momentos hilários, em outros um tanto tristes e tocantes.
  
Para quem,  como eu, ainda não teve a oportunidade conhecer a Inglaterra, existirão pequenas dificuldades. No decorrer do livro Jason menciona pontos específicos, como lojas e locais turísticos de seu país, porém, nada que não se resolva com uma rápida consulta ao Google, ou qualquer outra ferramenta de pesquisa, para assim entender e visualizar melhor o que está sendo lido.

Outra pequena falha encontrada foi a tradução literal do nome do dinheiro inglês, chamá-lo de Real não combinou com o cenário. A história se passa em Londres, não no Brasil.
           
Confesso que senti uma pequena dificuldade no começo deste livro. A história não desenvolvia, porém quando o texto “engrena” justifica toda a leitura.  O final é excelente, diferente e surpreendente!

Charlotte Street é uma história sobre redenção, sonhos, esperança, amizade, coragem, perdão e sobre “fazer acontecer”, com diria o próprio Jason. É a história de um homem que estava totalmente sem perspectivas e, no momento certo, decidiu viver.

Espero que tenham gostado, até a próxima.

            Beijos,
 

3 comentários

  1. Adorei a resenha, me deu vontade ler Charlotte Street nesse exato momento... E pontos turístico em London não serão problema algum, acho que os conheço como a palma da minha mão rsrsrsr.

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  2. Eu não gostei. =[
    Na verdade, achei um saco. Demorado, confuso e não desenvolve. =[

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  3. Li a resenha, mas, definitivamente não lerei o livro. O achei chato e repetitivo, sempre as mesmas coisas, os mesmos pontos de partida, não há uma novidade, nada que o diferencie dos milhões de romances lançados ano passado. Os escritos precisam entender que os leitores (compulsivos, como eu) necessitam de êxtase, mesmice não nos apetece.

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