Resenha: Puros da @Intrinseca



Puros

Autora: Julianna Baggott
ISBN: 9788580572322
Editora: INTRÍSECA
Ano: 2012
Número de páginas: 386










Sinopse:


Pressia pouco se lembra das Explosões ou de sua vida no Antes. Deitada no armário de dormir, nos fundos de uma antiga barbearia em ruínas onde se esconde com o avô, ela pensa em tudo o que foi perdido — como um mundo com parques incríveis, cinemas, festas de aniversário, pais e mães foi reduzido a somente cinzas e poeira, cicatrizes, queimaduras, corpos mutilados e fundidos. Agora, em uma época em que todos os jovens são obrigados a se entregar às milícias para, com sorte, serem treinados ou, se tiverem azar, abatidos, Pressia não pode mais fingir que ainda é uma criança. Sua única saída é fugir.

Houve, porém, quem escapasse ileso do Apocalipse. Esses são os Puros, mantidos a salvo das cinzas pelo Domo, que protege seus corpos saudáveis e superiores. Partridge é um desses privilegiados, mas não se sente assim. Filho de um dos homens mais influentes do Domo, ele, assim como Pressia, pensa nas perdas. Talvez porque sua própria família se desfez: o pai é emocionalmente distante, o irmão cometeu o suicídio e a mãe não conseguiu chegar ao abrigo do Domo. Ou talvez seja a claustrofobia, a sensação de que o Domo se transformou em uma prisão de regras extremamente rígidas. Quando uma frase dita sem querer dá a entender que sua mãe pode estar viva, ele arrisca tudo e sai à sua procura.

Dois universos opostos se chocam quando Pressia e Partridge se encontram. Porém, eles logo percebem que para alcançarem o que desejam — e continuar vivos — precisarão unir suas forças.





Faz já algum tempo que as distopias vêm dominando a literatura YA e inundado as prateleiras de livrarias e dos quartos de jovens de todo o mundo. Puros é mais um distópico, que obviamente, será composto por uma trilogia. Escrita por Julianna Baggott, mais uma dessas autoras que figuram na lista de mais vendidos, essa trilogia tem características bem peculiares.

Há alguns anos atrás um “apocalipse” se abateu sobre o mundo. Esse apocalipse nada mais era do que bombas que destruíram o mundo e tornou-o um lugar quase inabitável. Algumas pessoas com mais sorte conseguiram escapar do desastre, sendo abrigadas no Domo. Esses são os chamados Puros, ou seja, pessoas que não tiveram contato com as explosões e não ficaram com marcas. 

Dentro do Domo, a vida é altamente regulada, inclusive o ar que se respira. Já fora dele, tudo é cinzas, fuligem e poeira. Dentre os habitantes, quase todos tem mutações ou marcas profundas. Pressia vive fora do Domo, com o avô que a protege, principalmente agora que ela está prestes a completar 16 anos, o que significa que ela tem que se entregar a mílicia OBR ou fugir. Dentro do domo, Partridge é filho de um dos mais influentes homens do Domo. Isso, porém, não significa que ele esteja satisfeito.

A história tem quatro pontos de vista alternados, mas a maioria deles fica entre Pressia e Partridge. Lyda, uma menina do Domo e El Captáin, um miliciano, têm os outros dois. A história contada por Pressia é sempre intrigante e estimulante. Já no que diz respeito a Partridge, demora um pouco mais para engrenar.

Perto a completar seus 16 anos, Pressia descobre Bradwell, um garoto mais velho, que sobreviveu sozinho e que sabe muito sobre o mundo no Antes. E logo em seguida, tropeça com Partridge, que fugiu do Domo na esperança de encontrar sua mãe, que para tentar ajudar os outros, acabou ficando para trás. Pressia decide ajudar o garoto a chegar ate sua antiga rua, mas para isso pede a ajuda de Bradwell. E assim, a vida dos três está ligada.


“– Você supostamente só ia ficar conosco porque queria, por seus próprios motivos egoístas, diz Pressia. – Você disse que tinha um.
– E tenho.
– Qual é?
– Você é meu motivo egoísta.” (pág 364)

É difícil falar muito do livro sem soltar vários spoilers, por isso, deixarei para vocês descobrirem mais sobre o livro enquanto lerem. Cada detalhe que eu acrescentar na resenha, pode estragar uma grande parte da história. Porém, tem uma coisa que eu posso falar para vocês: as mutações são assustadoras! Elas podem ser desde um ventilador grudado no pescoço porque quando as explosões aconteceram a pessoa estava segurando o objeto até um animal preso em seu corpo, que foi fundido pelo acidente. Há também aqueles que foram fundidos ao solo. As descrições feitas por Julianna são terríveis e incômodas. Entretanto, acho isso interessante, gosto de leituras que me tirem da zona de conforto.

Fato é que agora eu quero muito ler a continuação. Achei extremamente interessante a forma como a autora conduziu a história e como ela deixa o leitor na expectativa para a continuação. Espero que a Editora Intrínseca não demore a lançar o próximo.

Até a próxima,

4 comentários

  1. Oie,
    eu não conhecia o livro, e sinceramente não sei se leria, fiquei na dúvida com a sua resenha.

    bjos

    http://blog.vanessasueroz.com.br

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  2. Gostei desse livro. Vai pra lista do skoob. Estou interessada em um livro parecido com esse e que talvez você goste: Breathe.
    Tá aí o link no skoob: http://www.skoob.com.br/livro/222308

    A história é parecida. Beijos

    http://perdidasnabiblioteca.blogspot.com.br

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  3. Não gosto de distopia, mas o enredo em si parece interessante. Esse é um livro que sempre me atrai muito pela capa, acho ela envolvente.
    Quem sabe leia, mas não é uma das muitas prioridades do momento.
    Bjkas!
    Monique Martins
    @moniquemar

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  4. Oi,já tinha ouvido falar desse livro e estava doida para ler-lo,mas estava esperando chegar mais perto do lançamento da continuação porque sei como sou ansiosa em relação a isso. Mas depois dessa sua resenha,estou ainda mais ansiosa para ler,provavelmente não irei aguentar esperar a continuação.. enfim parabéns pela resenha,adorei (:

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